Em primeiro lugar, devo confessar que estive no estádio e assisti, in loco, ao que não percepcionava há seis anos. O Sporting venceu o jogo, jogou melhor e mereceu vencer o Maior Clube português.
Em segundo lugar, ontem o nosso ex-treinador conseguiu mostrar tudo o que é: um excelente treinador, com uma personalidade e um comportamento público deploráveis. Aliás, estes dois factos não deveriam surpreender nenhum benfiquista. Sob o seu comando vencemos jogos em catadupa, fizemos excelentes exibições e marcávamos golos, praticamente, em todos os jogos. Ao mesmo tempo, que nos habituamos a ouvir declarações estapafúrdias e ao adensar de conflitos desnecessários com adversários, colegas de profissão, agentes da autoridade e até elementos do seu próprio banco (nunca me irei esquecer a atitude com o Shéu, em White Hart Lane, tal como nunca me irei olvidar a qualidade que demonstramos nesse jogo, o melhor que vi ao vivo).
Estou à vontade para opinar sobre isto, porque apesar dos seus defeitos sempre defendi a sua continuidade. Mesmo depois, de ficarmos a mais de uma dezena de pontos do Porto do Vilas Boas, termos levado 5 no Dragão, perdido uma meia-final europeia com o Braga e perder dois campeonatos para o Porto do Vítor Pereira. Mas eu sou do Sport Lisboa Benfica, não sou sócio ou apoiante dessa nova entidade, o JJ Clube de Portugal! E, portanto, o passado não interessa.
Neste momento, a realidade é esta: o Porto continua com um orçamento muito superior ao nosso e o Sporting tem um treinador que sabe, melhor que ninguém, o que é necessário para vencer em Portugal e que travou a incompetência do presidente do seu clube (a inabilidade do miúdo foi confirmada pelo novo messias de Alvalade e a sua lista de dispensas: é verdade, onde anda o mini messi? ou o Lampard dos balcãs? Mais um ano de bdc como principal decisor do futebol do Sporting e seria o vosso fim amigos lagartos). Concluindo, existem três candidatos ao título! Thank you, Captains Obvious!
Relativamente ao Benfica, o Rui Vitória é o elo mais fraco e, portanto, o primeiro a cair caso os resultados e a performance da equipa não melhorem (e muito) em comparação com o que se viu no estádio do Algarve. Mas antes de flagelarem e deceparem (pela ordem que preferirem) o homem, façamos um exercício de memória. Lembram-se da pré-época passada? Lembram-se dos resultados? Das exibições? Do jogo da supertaça? Pois, aquelas goleadas sucessivas que sofremos e uma vitória nos penalties contra o colosso, Rio Ave…
Eu não vou colocar, pelo menos para já, o ónus dos possíveis insucessos na, suposta, falta de aptidão do Rui Vitória. O treinador não tem qualquer responsabilidade da pré-época ser planeada tendo por base, apenas, critérios financeiros e económicos (tal como já tinha acontecido na época passada…) e também não lhe podem imputar a indisponibilidade de quatro titulares indiscutíveis da época transacta (dois porque foram transferidos e outros dois porque estão lesionados, sendo que, as ausências não foram supridas devidamente e atempadamente). A direcção não pode, nem deve sacudir a água do capote, relativamente ao que ocorreu no estádio do Algarve e tem de compreender isso, até porque para o ano estão agendadas eleições e o escrutínio dos sócios é sempre impiedoso.
Mas se tudo isto é verdade, perante tanto histerismo e descrença só me apetece dizer: CALMA CARALH*! Não me irritem em Agosto! Parem, estou a meio da silly season… lol
Foi só um jogo oficial, uma supertaça. Sabem quem também ganhou uma Supertaça? O Paulo Fonseca no Porto. Sinceramente, o mais provável será esta derrota servir para a “estrutura” (essa nova expressão do léxico "futebolês") compreender as limitações do plantel e até ao final do mercado trabalhar afincadamente no reforço efectivo do mesmo. Com, pelo menos, um lateral, um médio centro e um extremo, todos de qualidade inequívoca e experiência, sem que exista qualquer saída adicional ou seja, sem que saía o Gaitán. E, nesse momento, no final desta época, até poderemos vir a olhar para esta derrota como uma benção disfarçada… Sim, porque caso o inicio da época passada não tivesse sido tão desastroso: não teríamos tido nem Jonas, nem Júlio César, nem Samaris e nem Enzo (até Janeiro)…
Calma, olhem para o escudo que temos na camisola, nós somos os Bicampeões! Rumo ao 35.º!
Domingo estou na Luz!