Num jogo a contar para a 4.ª Jornada da Liga Sagres, Académica e Benfica proporcionaram um bom jogo de futebol apesar dos compromissos internacionais que as equipas tiveram a meio da semana.
Nos primeiros 20 minutos, os comandados de Jorge Jesus praticaram um futebol apoiado, intenso e basculado, desperdiçando três claras ocasiões de golo. Cardozo enviou duas bolas aos ferros - uma delas em cima da linha de golo - e, Rodrigo em noite bastante desinspirada imitou o seu parceito de ataque, falhando inacreditavelmente um golo de baliza aberta.
A Académica lentamente foi equilibrando a partida, graças ao trabalho do incansável Makelele - autentico box to box - e do seu organizador de jogo Cleyton, que tendo sempre como referência Marinho e Cissé, foi obrigando o Benfica a ter algum cuidado com as rápidas transições dos estudantes.
Foi numa dessas rápidas transições que a Académica chegou ao 1.º golo da partida, através de uma grande penalidade muito duvidosa na qual pelas imagens televisivas se verifica que Maxi Pereira chocou fora da área com o jogador da Briosa Makelele. Tal lance marca o início de uma arbitragem vergonhosa por parte de Carlos Xistra (árbitro da Associação de Futebol de Castelo Branco).
É caso para dizer que a Académica, apesar da boa réplica dada, encontrava-se a vencer ao intervalo pela margem mínima sem que tal o justificasse.
O Benfica entrou na 2.ª parte do mesmo modo que o fez no primeiro tempo, ou seja, partindo para cima do adversário com grande intensidade, fruto das arrancadas de Sálvio e Nolito - que substituiu um Bruno César lento e previsível - chegando ao golo através de uma clara grande penalidade, decorrente do facto de Rodrigo Galo ter cortado a bola com o braço esquerdo quando esta se encaminhava para o fundo das redes da baliza do guardião Ricardo. Penalty bem assinalado por Carlos Xistra que Cardozo bateu de forma inapelável para o empate.
Reposta a igualdade e jogando contra um adversário em inferioridade numérica, o Benfica partiu em busca da vitória continuando a desperdiçar algumas ocasiões de golo, nomeadamente, por Sálvio que não conseguiu dar a melhor sequência a um cruzamento de Melgarejo e, ainda, através de "Tacuara" Cardozo que em noite "NÃO" falhou por duas vezes no face to face com o guardião Ricardo.
Foi contra a corrente do jogo e, numa transição "fortuíta" que a Académica chega de novo à vantagem através de uma grande penalidade inexistente, na qual Carlos Xistra fez jus à doutrina "XISTREMA". Se no primeiro lance ainda se poderia dar o benefício da dúvida ao árbitro albicastrense, a segunda grande penalidade mostra o motivo pelo qual Portugal jamais poderá almejar a disputa do título de "melhor liga europeia". Com intervenientes dotados de tamanha incompetência que adulteram a verdade desportiva, o desporto e o futebol perdem aquilo que de mais belo possuem, entenda-se, a genuinidade e a paixão dos seus intervenientes.
Foi contra a corrente do jogo e, numa transição "fortuíta" que a Académica chega de novo à vantagem através de uma grande penalidade inexistente, na qual Carlos Xistra fez jus à doutrina "XISTREMA". Se no primeiro lance ainda se poderia dar o benefício da dúvida ao árbitro albicastrense, a segunda grande penalidade mostra o motivo pelo qual Portugal jamais poderá almejar a disputa do título de "melhor liga europeia". Com intervenientes dotados de tamanha incompetência que adulteram a verdade desportiva, o desporto e o futebol perdem aquilo que de mais belo possuem, entenda-se, a genuinidade e a paixão dos seus intervenientes.
Faltando 20 minutos para o término do encontro, Jorge Jesus começou a fazer contas à vida, decidindo assim tirar um Rodrigo que se eclipsou no 2.º tempo e colocando no ataque Lima. O jogador, ex - Sporting de Braga, não se fez rogado, disparando de forma imparável na primeira oportunidade que teve para atirar à baliza, repondo um pouco de justiça no marcador e fazendo jus ao epíteto de "MATADOR".
O Benfica ainda tentou chegar à vitória, mas Carlos Xistra actuou com a devida parcialidade que se lhe reconhece ao não assinalar grande penalidade sobre Nolito por carga do jogador da "Briosa" João Dias.
Os encarnados deixam dois pontos em Coimbra tal como no ano passado, por culpa própria, mas também por claros erros de arbitragem.
Classificação dos Jogadores do Benfica
Artur Moraes (6) - Em noite de pouco trabalho na qual não fez uma defesa digna de registo, o guarda - redes benfiquista ainda deve estar com dificuldades em entender como é que sofreu dois golos.
Maxi Pereira (5) - Não está claramente na sua melhor forma apesar do voluntarismo e abnegação que todos os benfiquistas lhe reconhecem. Maxi não está fresco, perde lances no 1 para 1 defensiva e ofensivamente, e, para ajudar à festa, é actor principal no primeiro grande acto do realizador Xistra. Desnecessárias as acusações finais ao árbitro da partida. É caso para perguntar: "E que tal olhares para o teu umbigo Maxi?"
Jardel (7) - Jogo de grande qualidade do brasileiro. Não há dúvida do simbolismo e da importância de Luisão na defesa benfiquista, mas Jardel sempre que é chamado cumpre e cumpre bem.
Garay (6) - Tal como o seu companheiro Jardel, Garay demonstrou total controlo nas situações em que foi chamado a intervir. Apenas tem esta pontuação porque foi actor principal na 2.ª comédia realizada por Carlos Xistra.
Melgarejo (7) - Mais um bom jogo do paraguaio. Análise correcta de todos os processos da equipa. Sem dúvida que não é por este jogador que o Benfica perdeu pontos em Coimbra.
Matic (7) - Bom jogo do sérvio. Certo nas marcações e nas compensações. Bom trabalho ao nível da saída de jogo. No entanto, precisa melhorar o jogo aéreo em termos ofensivos. Nos lançamentos de linha lateral quer de Maxi, quer de Melgarejo, um jogador com 1,94 m não pode perder a bola. Matic a redondinha tem que ser tua.
Enzo Perez (6) - Jogador com grande qualidade técnica e muito evoluído tacticamente. Contudo, falta-lhe o ritmo e a intensidade que se exige a um médio centro do futebol europeu. Ontem Jesus deve ter percebido que para ocupar aquela posição do terreno apenas poderá contar com Carlos Martins.
Salvio (6) - Jogo esforçado do argentino, denotando algumas dificuldades físicas a partir do minuto 60. Não conseguiu tirar, praticamente, um bom cruzamento durante toda a partida, o que não é nada condizente para um jogador que actua na posição de extremo.
Bruno César (6) - Mau jogo do brasileiro apesar de duas assistências claras para golo. Pesado, previsível e inconsequente nas manobras ofensivas da equipa. Jesus nem o deveria ter escalonado para a partida. Bruno César apenas pode jogar no lado direito do ataque, pois não tem a velocidade, nem o drible que se exige a um extremo. Por outro lado, falta cultura defensiva e capacidade física para ser um bom médio "box to box".
Rodrigo (5) - Começou o encontro com bastante intensidade e procurando espaços à esquerda e à direita. Falhou escandalosamente um golo de baliza aberta. Ou rapidamente muda a sua mentalidade, a sua concentração para o jogo e a sua eficácia na hora da finalização, ou arrisca-se a perder a titularidade para Lima.
Cardozo (6) - É verdade que fez o "gosto ao pé". Mas, de um ponta de lança, exige- se eficácia máxima. Foi perdulário e se a sua equipa não saiu vitoriosa de Coimbra, muito se deve à ineficácia do paraguaio.
P. Aimar (6) - É um mago do futebol. Quando toca a bola vê-se que é diferente dos outros. Ontem, quando entrou a equipa ganhou mais intensidade no meio campo, mas não foi suficiente para atingir a vitória. Já se nota o peso dos 33 anos, sobretudo ao nível das transições defesa/ataque e vice - versa.
Nolito (6) - É um agitador, é forte no 1 para 1 e tem boa leitura de jogo. Não se compreende a opção de Jorge Jesus de não colocar o espanhol no onze inicial. Precisa de melhorar a explosão, o arranque, características essenciais num extremo.
Lima (7) - Melhor estreia não podia ter tido. 20 minutos em campo e já marca. Os concorrentes que se ponham a pau. Lima é GOLO. Lima não vacilou. Cardozo e Rodrigo que aprendam com o brasileiro.
Carlos Xistra (0) - Arbitragem vergonhosa assente numa gritante dualidade de critérios, com claro benefício para a Académica. "Xistrema" voltou em força.
A opinião de Jorge Meira Costa:
O Benfica perdeu dois pontos em Coimbra por demérito próprio. Três bolas nos ferros e um sem número de oportunidades desperdiçadas justificam o empate. É óbvio que Carlos Xistra influenciou negativamente a verdade desportiva, mas isso não explica a ineficácia demonstrada pelos jogadores encarnados na hora do remate.
Jorge Jesus e os jogadores devem, mais do que criticarem o trabalho do árbitro, efectuar uma análise ao seu trabalho enquanto equipa. O Benfica perdeu pontos em Coimbra porque não foi eficaz.
Não é hora de abandonar o barco, é preciso continuar a confiar em Jorge Jesus (o melhor treinador que passou no Benfica nos últimos 20 anos), neste plantel e nesta direcção. Todos os adeptos do Benfica tem o direito de manifestar o seu desagrado, mas devem-no fazer de uma forma construtiva.
Não tenham a memória curta!
A Direcção, a equipa e os adeptos somos um só: "Sport Lisboa e Benfica"
Deixo-vos com uma frase de Vince Lombardi (o melhor treinador da história de futebol americano) para reflexão:
"Comprometimento individual e um esforço conjunto - isso é o que faz um time funcionar, uma empresa funcionar, uma sociedade funcionar, uma civilização funcionar."
Saudações Benfiquistas
Jorge Meira Costa
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