sexta-feira, 31 de maio de 2013

Eu, anti-benfiquista, benfiquista de coração me confesso

Os últimos posts têm sido um autêntico fenómeno de popularidade no blog, com vários recordes batidos. É curioso que, pelo menos aparentemente, se deve mais a portistas que a benfiquistas. E como parece que gostam do blog, e de comentar no blog, dedico-vos um texto do site do Expresso (será que o Pintinho também deixará de comprar o Expresso...? ):

(e ainda vos deixo uma dedicatória do RAP ao MST)


FC Porto, a primeira sucursal do Benfica

O fenómeno já me irritou, mas agora acho piada à coisa: os portistas não comemoram a vitória do FC Porto, comemoram a derrota do Benfica. E há aqui uma diferença. O FC Porto é uma irrelevância na minha relação com o Benfica. Eu comemoro as vitórias do Benfica, eu sinto alegria pelo Benfica, ponto final. Os portistas, porém, não têm esta relação com o FC Porto. Para se sentirem portistas, eles têm de odiar uma coisa exterior ao clube, o Benfica, Lisboa, os magrebinos, os mouros, etc. Ou seja, a agremiação nortenha não é auto-suficiente, não é grande o suficiente, precisa do meu Benfica. Naturalmente, eu só podia achar piada a este fenómeno que deveria interessar aos departamentos de antropologia. Porquê? Porque confirma a superioridade do Benfica. Para existir como adepto, o portista precisa do Benfica. O benfiquista só precisa do Benfica.

No dia-a-dia, eu não acompanho os jogos do FC Porto. Nem sei quando joga. Ao invés, cada portista é um especialista do Benfica. Sabem sempre quem está lesionado, quem é o árbitro do jogo do Glorioso e vêem os jogos do Benfica com mais intensidade do que os jogos do FC Porto. Naqueles corações em perpétua vingança, a derrota do Benfica é mais saborosa do que a vitória do FC Porto. Até apetece dizer que cada portista é um benfiquista em potência. É como se cada portista tivesse à espera do momento certo para fazer o seu coming out futebolístico, é pá, afinal eu sou benfiquista, ó paizinho, importa-se de passar o sal a um mouro? O portista é uma dependência emotiva do Glorioso.

E esta dependência chega a ser cómica. Estamos a falar de um clube que domina há uma geração (25 anos) o futebol português. Apesar deste domínio do tamanho dos Clérigos, a agremiação em causa mantém a mentalidade de cerco, a mentalidade do Asterix que vai desafiar o centro romano. Isto é um pouco ridículo, repito, porque passados 25 anos o centro do futebol português está no Norte e no FC Porto, em particular. O centro já não é o Benfica, que ganhou 4 títulos nos últimos 23 anos. Ao longo deste tempo, o FC Porto devia ter desenvolvido uma cultura autónoma, uma cultura de clube grande, uma cultura de Império do Meio que não precisa do "outro" para saber quem é. Mas de forma um pouco estranha isso não aconteceu. Porquê? A visão pequenina de Pinto da Costa não o permite: depois de tantos êxitos internos, depois de 2 Ligas dos Campeões e 2 Ligas Europa, o líder da agremiação diz que a sua maior alegria foi "vencer um campeonato na Luz". Ora, esta incapacidade do FC Porto para criar uma cultura sem a variável Benfica dá-me um certo conforto. Só ficarei preocupado quando descobrir portistas a comemorar as vitórias do FC Porto e não as derrotas do Benfica. 


terça-feira, 28 de maio de 2013

O que diriam do Benfica se:

1) A equipa que sofreu um penalty inexistente na última jornada, e que daria o campeonato, jogasse para as competições europeias na Luz?

2) O Benfica fosse comprar 2 jogadores à equipa que "tirou" o campeonato ao Porto?

3) Existisse uma equipa neste campeonato que trocasse vitórias no campeonato por vitórias, nos jogos seguintes, na Taça da Liga e na Taça de Portugal?



PS. Voltaremos, num post seguinte, à hecatombe deste final de época.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Aos meus amigos Sportinguistas: A história do Porsche e do Punto!


               Nestas últimas 24 horas, os meus amigos do Sporting têm-se lembrado muito de mim. Por isso, resolvi contar-lhes esta história.



            Era uma vez, dois vizinhos, mais ao menos com a mesma idade e uma rivalidade de sempre. Um vivia numa mansão e tinha um porsche o o outro numa casinha e tinha um fiat punto. Um dia, o vizinho da mansão ficou a 50 metros de casa, porque tinha tido uma avaria no seu porsche. Nesse mesmo dia, o vizinho do punto ficou sem gasolina, porque estava sem dinheiro, e teve de andar 7 km até casa.
            No entanto, quando passou a pé pelo vizinho com o porsche avariado, fartou-se de gozar com ele e deitou-se com um sorriso nos lábios, com a sua esposa balofa, na sua caminha de corpo e meio.
            No dia a seguir quando acordou tudo mudou, olhou pela janela e o vizinho estava a arrancar com o seu porsche a alta velocidade. Afinal este tinha telefonado a um mecânico e resolveu a avaria. E, foi aí que ele se apercebeu, que o outro ainda tinha a mansão e o porsche, enquanto que ele, estava sem dinheiro, com a sua casinha e o fiat punto sem gasolina, a sete km de casa... Se quiserem depois explico a moral desta história :)
Vá no matter what têm aqui um amigo :).




  Confesso que gosto das picardias com os meus amigos do Sporting . Vamos ver se eles começam a malhar no Porto também. O Bruno Carvalho tem estado bem nos últimos dias, tem identificado bem o verdadeiro inimigo!