quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Penhoras

Numa altura em que a crise está na boca de todos, e que não nos permite comprar o médio que tanto precisamos, surgem notícias de penhoras que mais não são que a forma de os credores tentarem ser ressarcidos do capital em dívida.

Em geral as penhoras realizam-se sobre móveis ou imóveis de elevado valor. Isto de falar de móveis levar-me-ia ao jogo de hoje, que urge vencer, na Capital do Móvel, perante uma equipa que tem um nível cada vez mais incomum no nosso campeonato. É importante realçar estas equipas que, com parcos recursos e bonés de gosto extremamente duvidoso, passeiam um futebol de elevada qualidade capaz de colocar os adeptos do Sporting (ainda mais) verdes de inveja.

Mas não é dos móveis, mas sim dos imóveis que quero falar. É que, segundo o Correio da Manha, a casa de Alterne "Calor da Noite" foi penhorada. De acordo com o jornal, a ASAE, em 2009, detectou a situação clandestina de alguns dos seus trabalhadores, o que levou à assinatura de contratos de trabalho que não vieram a ser cumpridos. Não sei se houve facturação dos serviços prestados em nome do FC Porto, mas eu sugiro aos funcionários que, ou exijam que essa facturação seja concretizada (para pôr a fruta a pagar imposto e assim permitir a entrada de dinheiro na empresa) ou então que contem algumas coisas que lá se passaram, assim um pouco como chantagem.

Isto leva-nos ao célebre caso da penhora da "Retrete das Antas", como foi muito bem lembrado pelo blog Antitripa. Como diz no Jornal de Notícias:
«O caso mais mediático de penhoras a clubes de futebol por dívidas ao Fisco envolveu o F. C. Porto e ganhou notoriedade por, entre outros bens, ter englobado a retrete da cabina do árbitro. O célebre caso da "Retrete das Antas" remonta a 1994, era então ministro das Finanças Eduardo Catroga, e motivou uma manifestação dos adeptos em frente ao Governo Civil.»

É para evitar estas coisas que agora também levam os árbitros à Marisqueira de Matosinhos, onde, com certeza, passam facturinha!


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